quarta-feira, 21 de maio de 2014

Texto elaborado coletivamente pelos alunos

6º ano F - 2014

Professora Priscila

O pulo-do-gato


Um dia, o gato pulou de cima de uma árvore na floresta. (Milleni) Ele pulou sem fazer barulho, mas chamando a atenção da onça, que o observava. (Larissa)
A onça aproximou-se do gato e disse:
- Vamos disputar quem pula mais longe?
O gato respondeu:
- Sim, vamos! (Samuel)
Os dois pularam e o gato foi mais silencioso. A onça pediu, então, para o gato que eles fossem beber água no rio. (Ana Laura)
Na margem do rio, eles viram um teiú e a onça pediu para o gato e ela pularem em cima do bicho com um só pulo. O pequeno felino concordou. (Júlia)
O gato foi pular em cima do teiú e a onça, em cima do gato, mas este foi mais esperto e desviou.
Surpresa com o episódio, a onça cobrou do gato: (Ana Beatriz)
- Você estava me ensinando, mas não agiu conforme o combinado! (André)
Esperto, o gato respondeu:
  - Minha querida amiga onça, nem sempre os mestres ensinam tudo o que sabem aos discípulos! (Luís Gabriel)

O que significa a expressão popular “o pulo-do-gato”?


Quer dizer algo que somente aquela pessoa sabe e não conta para ninguém. Desse modo, nós não podemos revelar anteriormente tudo o que sabemos, precisamos guardar nossos truques para os momentos de perigo. (Andressa)

      Inspirado em: SALERNO, Silvana. Viagem pelo Brasil em 52 histórias. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2009.
Texto elaborado coletivamente pelos alunos

6º. ano E – 2014

Professora Priscila

O saci-pererê

Em uma cidadezinha do interior de São Paulo, havia dois irmãos: Daniel e Jonas. Eles eram crianças de nove anos de idade. (Giulia)
Um dia, eles entraram em seu quarto e viram suas coisas reviradas como se uma ventania tivesse passado por ali. (Gustavo Ozana)
- Foi o saci! – disse Daniel.
- Esse moleque me paga! – completou Jonas.
Os meninos perceberam que estava faltando um objeto: o binóculo. Além disso, estavam caídos ali o cachimbo e um pouco de fumo. (Cinthia)
Daniel e Jonas foram atrás do saci na mata, mas antes avisaram sua mãe Célia. (Luiz Felipe)
Lá na mata, eles andaram por um certo tempo, quando viram as folhas voando. Pensaram que era o saci, mas avistaram uma onça em um galho. (Miriã)
Com medo, os meninos ficaram em silêncio, até que ela saiu dali. De repente, ouviram: “Raaaaá, rá, rá, rá, rá!”.
Era o saci. Por mais que as crianças quisessem encontrar o binóculo e o saci, não imaginavam que o menino de uma perna só estivesse ali. (Gustavo Joaquim) 
- Quero meu binóculo de volta! – disse Jonas.
- Não sei do que você está falando. – respondeu o saci. (Lucas)
- O que você tem nesse saco? – perguntou Daniel.
- São coisas minhas. – respondeu o saci.
- Deixe-nos ver. – disseram os meninos. (Murilo)
- Vocês querem meu saco? Raaaaá, rá, rá, rá, rá! – e desapareceu num rodopio de vento.
Os meninos ficaram desapontados e voltaram para casa. (Matheus)
Em casa, contaram para sua mãe que tinham visto o saci e conversado com ele. No entanto, Célia não acreditou. (Hállan)
Daniel e Jonas foram limpar o quarto e tudo voltou ao normal. (Vinícius) Quando estavam tomando café, ouviram gargalhadas: “Raaaaá, rá, rá, rá, rá!”. Era o saci com seu redemoinho. (Alexsandro)
Lá no quarto, no lugar do cachimbo e do fumo, estava o binóculo. (Maria Eduarda)

     Inspirado em: SALERNO, Silvana. Viagem pelo Brasil em 52 histórias. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2009.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Texto elaborado coletivamente pelos alunos

6º ano B - 2014


Professora Priscila

A dança dos ossos

    Era uma noite de sexta-feira 13 quando Zeca Bigode saiu pelo bosque no seu burro. (Kailani) Ele havia ido ao cemitério para visitar o túmulo do seu tio Manuel, mas o bosque era assombrado e ele começou a ver coisas estranhas. Viu o túmulo se abrindo e começou a ficar com medo. (Alerrandrina)
    Surgiram vários ossinhos do pé no ar e foram formando o esqueleto de um humano. Esses ossinhos foram à direção de Zeca Bigode. (Marcelo)
    Vieram os outros ossos maiores: os da canela juntaram-se com os do joelho, os ossos do fêmur com os da bacia e o esqueleto foi sendo montado no ar. (Rafaela) Zeca ficou morrendo de medo da caveira e queria fugir, mas o burro havia ficado empacado e se encolheu, parecendo que ia entrar na terra.
    Neste momento, o esqueleto começou a dançar e deu três voltas ao redor de Zeca. Então, o esqueleto saltou na garupa do burro. (Guilherme) 
    Zeca abraçou a caveira e começou a girar com ela. Num susto, rapidamente largou o esqueleto com as pernas e braços abertos. O cavalo tremia, todo encolhido. O pobre homem, então, montou nesse burro tremendo feito vara verde e voltou para casa. (Isabela)
    No outro dia, Zeca acordou em sua cama assustado, foi ao quintal e o burro veio ao seu lado, morrendo de medo. (Bianca)
   O pobre Zeca, lembrando-se da aventura, tinha o corpo moído e a sua cabeça pesada como chumbo. Decidiu, então, mandar rezar duas missas pelo seu tio Manuel. E nunca mais voltou àquele lugar assombrado. (Yasmim) 

     Inspirado em: SALERNO, Silvana. Viagem pelo Brasil em 52 histórias. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2009.
Texto elaborado coletivamente pelos alunos


6º ano D - 2014

Professora Priscila


A mochila de ouro


    Em uma cidade havia um homem rico e um pobre que gostavam de pregar peças um no outro. (Victor)
    Um dia, o pobre foi pedir ao rico uma de suas terras para plantar e o rico deu-lhe a terra mais seca. (Yasmim)
    O pobre foi, então, até lá e encontrou uma mochila cheia de moedas de ouro. (Gustavo) Decidiu contar para o rico o que havia acontecido naquele lugar. O rico deu uma ordem para o pobre não mais usar aquela terra. (Vitória de Souza) Muito maldoso,o rico não via a hora de se apossar daquele ouro.
    Quando chegou lá, encontrou somente uma caixa de marimbondos. (Dálit) Raivoso, colocou-a em um saco e foi para a casa do pobre.
    Lá chegando, gritou: (Victória Vasques)
    - Compadre, feche as portas e deixe apenas uma janela aberta!
    O pobre obedeceu. (Izabella) 
    O rico jogou o saco e falou:
    - Agora feche a janela. (Luis Henrique)
    Caindo no chão, os marimbondos transformaram-se em moedas de ouro. Do lado de fora, o rico ouviu aquele barulho de metais e pediu: (Jonathan) 
    - Abra a porta!
    E o pobre respondeu:
    - Socorro,os marimbondos estão me atacando! (Leonardo)
    O pobre deu uma gargalhada e o rico percebeu que o feitiço voltou-se contra o feiticeiro. (Vinicius)

      Inspirado em: SALERNO, Silvana. Viagem pelo Brasil em 52 histórias. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2009.
Histórias que o povo conta: causos folclóricos

Textos dos alunos

Ano: 2014

Professora Priscila


Aluna-autora: Amanda dos Santos Santejo (6º. ano B)
Título: O homem de preto

Um dia, quando era criança, um conhecido meu foi sozinho ao cemitério e, chegando lá, ele se deparou com uma linda flor e começou a acariciá-la. De repente, escutou: “sai daí, essa flor é minha!”.
Quando ele olhou para trás, ele viu uma pessoa toda de preto e ele não conseguiu falar nem gritar para ninguém, pois ele queria levar aquela linda flor, mas com tanto medo daquela pessoa ele achou que era melhor desistir.
No entanto, ele não conseguiu ir embora sem levar a flor. Ele continuou a acariciá-la, até que ele puxou a flor do túmulo e começou a dar risada de alegria, porque não escutou nada mais.
Chegando à porta do cemitério, quando ele olhou para trás, deparou-se novamente com a pessoa toda de preto, que gritava com uma voz bem estranha: “devolve a minha flor!”. Esse meu conhecido pegou a flor e jogou-a na porta do cemitério. Foi embora assustado e não queria mais voltar ali.
Depois disso, ele não voltou mais àquele cemitério.


Aluna-autora: Bianca de Oliveira Barbosa (6º. ano B)
Título: As assombrações

         Minha avó falava para minha mãe que na estrada de Urupês indo para Ibirá, na ponte do rio Cubatão, tinha uma noiva que todos viam.
        Minha avó também falava para minha mãe que indo para Irapuã também havia duas assombrações: uma noiva e uma viúva que andavam juntas pelo acostamento. Além disso, minha avó conta que na Quaresma, em muitos sítios caíam bolas de fogo.


Aluna-autora: Cristiéllen Mariane Sandrin (6º. ano B)
Título: A noiva da estrada

Quando meu avô era jovem, ele e seus amigos gostavam de ir a bailes nas fazendas. Na volta desses bailes, a partir das 2 horas da manhã, eles sempre tinham medo de passar por uma estrada, porque falavam que aparecia uma noiva.
Um dia, eles estavam voltando do baile e viram a noiva! Eles saíram correndo, morrendo de medo, e nunca mais passaram por ali.


Aluna-autora: Isabela Dolensi Vieira (6º. ano B)
Título: Sexta-feira 13

           Minha mãe sempre dizia que antigamente,toda sexta-feira 13 à meia-noite, a minha bisavó escutava ruivos e unhas arranhando a porta. Ela estava com minha avó no colo, enquanto meu tataravô estava vigiando com um facão na mão. Ao mesmo tempo, minha tataravó estava embaixo do colchão.
        Dizem que os lobisomens têm olfato muito bom e minha avó estava chorando. De repente, um lobo entrou pela porta rosnando, quando meu tataravô chegou, deu um susto no lobisomem, que fugiu com um pedaço da fronha da minha avó.
    No outro dia, o vizinho acordou com uma fronha em seus dentes e com a roupa toda rasgada. Todos foram para cima do vizinho, querendo matá-lo. Prenderam-no em duas semanas e ele morreu de fome. 


Aluna-autora: Júlia Beatriz Monteiro dos Santos (6º. ano B)
Título: O lobisomem atrás de bebês

      Certa noite, quando minha prima tinha uns 15 dias de vida, apareceu um lobisomem querendo pegá-la. A família dela levantou-se era meia-noite e meia e esse bicho que apareceu mora ali perto. A minha tia, mãe dela, gritou por socorro.
Então, os vizinhos abriram as portas e correram atrás do lobisomem para pegá-lo, mas não conseguiram.
Amanheceu o dia e as portas, as janelas e o quintal estavam todos arranhados.
A sorte da minha avó é que ela escondeu a minha mãe também, porque minha mãe tinha uns 16 dias de vida.


Aluno-autor: Pedro Tadeu Perassa Graciano (6º. ano B)
Título: O canto da coruja

Os antigos membros da minha família diziam que quando uma coruja cantasse, alguém iria morrer.
Desde que minha mãe ouviu falar sobre o canto da coruja, ficava com medo de que alguém partiria dessa para melhor.


Aluna-autora: Rafaela Fernanda Biocarto (6º. ano B)
Título: Histórias de meu avô

Certa vez, meu avô e sua família se mudaram para uma fazenda no estado do Paraná. Era um lugar meio deserto, bem afastado da população.
Quando lá chegaram, encontraram o lugar todo abandonado com mato dentro de casa, abelhas, pulgas aos montes e cobras, mas isso não era nada perto do que iria acontecer. Meus avós e meus tios limparam a casa e levaram uma vida normal.
Um dia, meu avô perguntou para minha avó por que ela estava costurando de madrugada. Ela disse:
- Você estava sonhando, eu não costurei, nem máquina eu tenho!
Em outra ocasião, ele chamou minha avó e disse se ela estava rachando lenha à noite e ela respondeu:
- Você está ficando doido!
E passou.
Depois de ouvir tanto barulho, máquinas de costura, rachar lenha, tratar dos animais, bater portas, coisas que só meu avô ouvia, ele resolveu combinar com a família para ver se ele estava ficando mesmo louco ou não.
Eles ficaram de plantão aquela noite e não ouviram nada e por várias outras noites.
Meu avô então contou a história para um vizinho e ele disse que naquela casa não morava ninguém havia muito tempo, e todos que ali moravam não ficavam mais que uma semana e que os barulhos existem sim e relatou que ali um senhor muito ruim que não acreditava em Deus blasfemava contra Deus, ficou muito doente e ele dizia que, quando morresse, ele levaria toda a família junto.
E assim ele fez: assassinou a mulher na máquina de costura, o filho quando rachava lenhas e se matou.
Muita gente comentava que tentaram levar o padre lá, mas quando o animal em que ele estava chegava à porteira do quintal, empacava e não seguia o caminho.
Um dia, o padre jogou água benta na casa e a água fervia.
Dizem que até hoje aquela família vaga sobre a fazenda, pois o homem não permitiu que a família conhecesse a Deus; por isso, todos morreram pagãos e suas almas vagam até hoje naquele lugar.
Meu avô juntou as coisas e se mudaram, nunca mais xingou ou falou palavrões. Então, ele entendeu que só ele ouvia os barulhos, pois ele era muito nervoso, assim como o homem da fazenda, mas ele acreditava em Deus. Quando mudou, ele deixou na varanda uma imagem de Nossa Senhora e por muito tempo rezou por aquela família.


Aluno-autor: Gustavo Luan Mendonça Guelfi (6º. ano D)
Título: O lobisomem na cidade

Minha madrasta me contou que a mãe dela estava andando de bicicleta na cidade onde morava, quando passou por uma descida e viu um lobisomem. Ele saiu correndo atrás dela e ela caiu no chão.


Aluna-autora: Isabella Maria Rocha (6º. ano D)
Título: O saci e a moita de bambu

Há muito tempo atrás, quando meu avô era criança, na fazenda em que ele morava com sua família, todos diziam que atrás de uma moita grande de bambu morava o saci.
Em noite de lua cheia, ouviam assovios vindo de lá. Os adultos diziam que ninguém poderia ir lá, porque lá morava o saci.
Mas meu avô e seu irmão desobedeceram e foram. Chegando lá perto, o assovio ficou muito alto e os dois ficaram paralisados de medo. Junto com o assovio, surgiu uma risada.
Meu bisavô percebeu que os dois não estavam e foi procurar. Ao achar os dois paralisados, ele levou-os e ninguém mais voltou lá.


Aluna-autora: Cinthia Aparecida Ponce (6º. ano E)
Título: A lenda do cemitério

     Em um dia muito ensolarado, um homem estava deitado no jardim de uma praça. Um outro homem chegou e disse:
        - Ô, amigo, você conhece a lenda do cemitério?
- Não.
- Meu avô dizia que aqui nesta praça era um cemitério e um moço morreu enforcado nesta árvore e foi enterrado neste jardim. Você acredita, amigo?
Ele nem perdeu tempo, saiu correndo, tropeçou em uma pedra e caiu. Quando olhou para cima, viu um esqueleto e saiu correndo. Deus me livre!


Aluna-autora: Miriã de Souza Nascimento (6º. ano E)
Título: O sétimo filho
           
            Uma mulher tinha seis filhos homens. Numa noite, ela deu à luz seu sétimo filho. Quando chegou a noite de lua cheia, esse sétimo filho, chamado Max, virou um lobisomem.
            Diz a lenda que o sétimo filho em noite de lua cheia vira um lobisomem, como a história de Max. Quando o bicho morde ou arranha alguém, essa pessoa vira um horrível lobisomem com horripilantes garras, dentes afiados e um assustador uivo.


Aluna-autora: Grasiely Cristina Camani (6º. ano E)
Título: O sítio assombrado
           
          Numa noite, estávamos na casa de meus avós e fomos nos aprontar para dormir. Fomos tomar banho, escovar os dentes e arrumar o colchão.
             Foi quando nós ouvimos um barulho lá de fora e nós fomos ver. Todos os porcos estavam mortos, além das galinhas e de outros bichos. Eu fiquei com muito medo.


Aluno-autor: Gustavo Joaquim Bernardo de Almeida (6º. ano E)
Título: Como é o lobisomem

        Uma pessoa que o viu disse que ele tem dentes afiadíssimos, o corpo bem peludo, olhos penetrantes, garras afiadas, ataca no dia de lua cheia, gosta de procurar presas à meia-noite, de comer galinha, corre muito rápido atrás de pessoas e não gosta de brincadeiras.
          Os fazendeiros sempre colocam suas galinhas em buracos com tábuas por cima, para ele não atacá-las. É preciso, então, tomar cuidado nas noites de lua cheia.


Aluno-autor: Luiz Felipe Páttero Cioca (6º. ano E)
Título: A bola de fogo

      O meu pai me contou que tem uma bola voadora que vive passando no meio das plantações de laranja e de limão e que um dia um homem novato estava trabalhando no sítio. Ele havia dito:
- Se eu vir aquela bola de fogo, eu jogo água.
Era meia-noite no campo, um vizinho desse homem viu algo estranho e ligou para ele:
- O que é aquele fogo em cima daquela árvore?
Quando o homem olhou, era a bola de fogo. Ele ligou o trator e saiu correndo.


Aluna-autora: Júlia Gonçales (6º. ano F)
Título: A lenda do lobisomem

      Em uma noite de lua cheia, um povoado começou a ouvir ruídos.
  Acontece que uma senhora tinha dez filhos e um deles fazia aniversário no dia de lua cheia. Diz assim a lenda que quando uma pessoa tem mais de dez filhos e um deles nasceu no dia de lua cheia, teria uma transformação estranha.
        Todo mundo do povoado se assustou com o ruído de uma casa não muito distante. No outro dia, algumas pessoas foram até lá bem cedo e viram que ele estava se transformando de volta em um ser humano. 


Aluno-autor: André Antônio da Silva (6º. ano F)
Título: A mula-sem-cabeça

       Todos os dias à noite, uma mula-sem-cabeça aparecia em um sítio perto da cidade.
Um dia, a mula foi para essa cidade. Ela estava andando quando encontrou um homem e ela começou a correr atrás dele. De tanto correr, ele cansou, até que pulou o muro de uma casa e a mula-sem-cabeça foi embora.
Uma noite, ela colocou fogo no mato e 90% dos bois, vacas e cavalos morreram.


Aluno-autor: Luís Gabriel Sabino Martins (6º. ano F)
Título: O pulo-do-gato

Era uma vez um gato que pulou em cima de uma árvore enorme. Quando ele caiu, não sentiu nada e andou tranquilamente. A onça ficou impressionada pelo pulo do gato e disse:
- Compadre gato, como você fez isso?
E o gato respondeu:
- Coisa que onça não faz.
Logo depois, encontraram uma fonte de água e a onça disse:
- Já sei, vamos fazer um desafio para ver quem pula mais longe?
- Vamos! - concordou o gato,e eles pularam.
O gato pulou em cima do lagarto e a onça foi pular em cima do gato, mas ele pulou de lado e conseguiu escapar.
Em seguida, a onça disse:
- Compadre gato, você estava me ensinando como pular alto, mas você não terminou.
O pequeno felino completou:
- É que os mestres não podem contar todos os seus segredos para os outros, onça.


Aluna-autora: Samanda Ferreira Galvão (6º. ano F)
Título: O problema da Boitatá

      Numa cidadezinha pequena e simples existia uma cobra chamada Boitatá. Ela assombrava as noites de lua cheia e cuspia fogo.
  Um dia, ela engoliu duas pessoas: um menino e uma menina, que eram irmãos. A Boitatá sentia muito medo dos caçadores e, por isso, engolia as pessoas, mas ela queria ser livre e não podia, porque havia sido amaldiçoada por uma bruxa que a odiava.
  Essa lenda continua até hoje. 
Projeto de ensino de Língua Portuguesa com foco na escrita

Professora Priscila

       Neste ano de 2014, a EMEF “Prof. Athayr da Silva Rosa” de Urupês (SP) está desenvolvendo com os sextos anos, na área de Língua Portuguesa, um projeto de pesquisa, leitura e produção textual sobre histórias oriundas da tradição oral, entre elas as de humor ("causos") e as folclóricas (lendas, fábulas). São causos engraçados, histórias do cotidiano que revelam costumes de determinada região do Brasil, relatos de assombração, de vampiros, de lobisomem, de mula-sem-cabeça, de bolas de fogo, de saci e de cemitério, por exemplo. 

         Essas histórias foram resgatadas em entrevistas feitas pelos alunos com seus familiares e amigos. O objetivo maior deste trabalho é registrar por escrito esses "causos" para preservar a nossa cultura popular, passando-a para as próximas gerações, que hoje são nossos alunos.
Além da necessidade de registrar a cultura popular, o referido projeto também põe em prática o ensino da língua com foco na escrita, a qual os alunos nessa idade precisam tanto treinar. Nessa prática, a ideia é articular as atividades escolares com as inovações tecnológicas do mundo atual, nas quais os alunos estão imensamente inseridos. Pensando nisso, por que não publicar o trabalho da sala de aula em um blog, no caso, o da própria escola?
A iniciativa é da professora Priscila, que está fazendo o curso on-line “Caminhos da Escrita”, vinculado à Olimpíada de Língua Portuguesa “Escrevendo o Futuro”, e que está disponível no site <https://www.escrevendoofuturo.org.br>.   
     Neste curso, uma das sugestões de trabalho dadas aos professores é a elaboração de textos coletivos com os alunos, utilizando o computador. Inicialmente, cada turma elege uma história curiosa entre as várias trazidas pelos colegas e essa história será reescrita com a contribuição de todos os alunos. Cada contribuição ao texto é identificada por uma cor e, caso não haja cores para todos os alunos, eles podem ser divididos em grupos. Nesse caso, cada grupo terá uma cor.
Com orientação da professora, um aluno de cada turma será eleito o redator, aquele que irá organizar as partes digitadas. Em seguida, outro aluno será o revisor do texto, verificando e corrigindo todos os possíveis problemas de ortografia e pontuação. Quando estiver tudo corrigido, esse aluno salva a versão final do texto.
Não somente o texto coletivo, mas também outras histórias podem ser publicadas, com a identificação do aluno-autor, que tem a autorização dos pais para isso. Desse modo, o aluno torna-se o agente e protagonista de sua história e de sua aprendizagem.