Histórias que o povo conta:
causos folclóricos
Textos dos alunos
Ano: 2014
Professora Priscila
Aluna-autora: Amanda dos Santos Santejo (6º.
ano B)
Título: O homem de preto
Um
dia, quando era criança, um conhecido meu foi sozinho ao cemitério e, chegando
lá, ele se deparou com uma linda flor e começou a acariciá-la. De repente,
escutou: “sai daí, essa flor é minha!”.
Quando
ele olhou para trás, ele viu uma pessoa toda de preto e ele não conseguiu falar
nem gritar para ninguém, pois ele queria levar aquela linda flor, mas com tanto
medo daquela pessoa ele achou que era melhor desistir.
No
entanto, ele não conseguiu ir embora sem levar a flor. Ele continuou a
acariciá-la, até que ele puxou a flor do túmulo e começou a dar risada de
alegria, porque não escutou nada mais.
Chegando
à porta do cemitério, quando ele olhou para trás, deparou-se novamente com a
pessoa toda de preto, que gritava com uma voz bem estranha: “devolve a minha
flor!”. Esse meu conhecido pegou a flor e jogou-a na porta do cemitério. Foi
embora assustado e não queria mais voltar ali.
Depois
disso, ele não voltou mais àquele cemitério.
Aluna-autora: Bianca de Oliveira Barbosa (6º.
ano B)
Título: As assombrações
Minha avó falava para minha mãe que
na estrada de Urupês indo para Ibirá, na ponte do rio Cubatão, tinha uma noiva
que todos viam.
Minha
avó também falava para minha mãe que indo para Irapuã também havia duas
assombrações: uma noiva e uma viúva que andavam juntas pelo acostamento. Além
disso, minha avó conta que na Quaresma, em muitos sítios caíam bolas de fogo.
Aluna-autora:
Cristiéllen Mariane Sandrin (6º. ano B)
Título:
A noiva da estrada
Quando
meu avô era jovem, ele e seus amigos gostavam de ir a bailes nas fazendas. Na
volta desses bailes, a partir das 2 horas da manhã, eles sempre tinham medo de
passar por uma estrada, porque falavam que aparecia uma noiva.
Um
dia, eles estavam voltando do baile e viram a noiva! Eles saíram correndo, morrendo
de medo, e nunca mais passaram por ali.
Aluna-autora: Isabela Dolensi Vieira
(6º. ano B)
Título: Sexta-feira 13
Minha mãe sempre dizia que antigamente,toda
sexta-feira 13 à meia-noite, a minha bisavó escutava ruivos e unhas arranhando
a porta. Ela estava com minha avó no colo, enquanto meu tataravô estava
vigiando com um facão na mão. Ao mesmo
tempo, minha tataravó estava embaixo do colchão.
Dizem que os lobisomens têm olfato
muito bom e minha avó estava chorando. De repente, um lobo entrou pela porta
rosnando, quando meu tataravô chegou, deu um susto no lobisomem, que fugiu com
um pedaço da fronha da minha avó.
No
outro dia, o vizinho acordou com uma fronha em seus dentes e com a roupa toda
rasgada. Todos foram para cima do vizinho, querendo matá-lo. Prenderam-no em
duas semanas e ele morreu de fome.
Aluna-autora: Júlia Beatriz Monteiro dos
Santos (6º. ano B)
Título: O lobisomem atrás de
bebês
Certa noite, quando minha prima
tinha uns 15 dias de vida, apareceu um lobisomem querendo pegá-la. A família
dela levantou-se era meia-noite e meia e esse bicho que apareceu mora ali
perto. A minha tia, mãe dela, gritou por socorro.
Então,
os vizinhos abriram as portas e correram atrás do lobisomem para pegá-lo, mas
não conseguiram.
Amanheceu
o dia e as portas, as janelas e o quintal estavam todos arranhados.
A
sorte da minha avó é que ela escondeu a minha mãe também, porque minha mãe
tinha uns 16 dias de vida.
Aluno-autor: Pedro Tadeu Perassa
Graciano (6º. ano B)
Título: O canto da coruja
Os
antigos membros da minha família diziam que quando uma coruja cantasse, alguém
iria morrer.
Desde
que minha mãe ouviu falar sobre o canto da coruja, ficava com medo de que
alguém partiria dessa para melhor.
Aluna-autora: Rafaela Fernanda Biocarto (6º.
ano B)
Título: Histórias de meu avô
Certa
vez, meu avô e sua família se mudaram para uma fazenda no estado do Paraná. Era
um lugar meio deserto, bem afastado da população.
Quando
lá chegaram, encontraram o lugar todo abandonado com mato dentro de casa,
abelhas, pulgas aos montes e cobras, mas isso não era nada perto do que iria
acontecer. Meus avós e meus tios limparam a casa e levaram uma vida normal.
Um
dia, meu avô perguntou para minha avó por que ela estava costurando de
madrugada. Ela disse:
-
Você estava sonhando, eu não costurei, nem máquina eu tenho!
Em
outra ocasião, ele chamou minha avó e disse se ela estava rachando lenha à
noite e ela respondeu:
-
Você está ficando doido!
E
passou.
Depois
de ouvir tanto barulho, máquinas de costura, rachar lenha, tratar dos animais,
bater portas, coisas que só meu avô ouvia, ele resolveu combinar com a família
para ver se ele estava ficando mesmo louco ou não.
Eles
ficaram de plantão aquela noite e não ouviram nada e por várias outras noites.
Meu
avô então contou a história para um vizinho e ele disse que naquela casa não
morava ninguém havia muito tempo, e todos que ali moravam não ficavam mais que
uma semana e que os barulhos existem sim e relatou que ali um senhor muito ruim
que não acreditava em Deus blasfemava contra Deus, ficou muito doente e ele
dizia que, quando morresse, ele levaria toda a família junto.
E
assim ele fez: assassinou a mulher na máquina de costura, o filho quando
rachava lenhas e se matou.
Muita
gente comentava que tentaram levar o padre lá, mas quando o animal em que ele
estava chegava à porteira do quintal, empacava e não seguia o caminho.
Um
dia, o padre jogou água benta na casa e a água fervia.
Dizem
que até hoje aquela família vaga sobre a fazenda, pois o homem não permitiu que
a família conhecesse a Deus; por isso, todos morreram pagãos e suas almas vagam
até hoje naquele lugar.
Meu
avô juntou as coisas e se mudaram, nunca mais xingou ou falou palavrões. Então,
ele entendeu que só ele ouvia os barulhos, pois ele era muito nervoso, assim como
o homem da fazenda, mas ele acreditava em Deus. Quando mudou, ele deixou na
varanda uma imagem de Nossa Senhora e por muito tempo rezou por aquela família.
Aluno-autor: Gustavo Luan Mendonça
Guelfi (6º. ano D)
Título: O lobisomem na cidade
Minha
madrasta me contou que a mãe dela estava andando de bicicleta na cidade onde
morava, quando passou por uma descida e viu um lobisomem. Ele saiu correndo
atrás dela e ela caiu no chão.
Aluna-autora: Isabella Maria Rocha (6º.
ano D)
Título: O saci e a moita de bambu
Há
muito tempo atrás, quando meu avô era criança, na fazenda em que ele morava com
sua família, todos diziam que atrás de uma moita grande de bambu morava o saci.
Em
noite de lua cheia, ouviam assovios vindo de lá. Os adultos diziam que ninguém
poderia ir lá, porque lá morava o saci.
Mas
meu avô e seu irmão desobedeceram e foram. Chegando lá perto, o assovio ficou
muito alto e os dois ficaram paralisados de medo. Junto com o assovio, surgiu
uma risada.
Meu
bisavô percebeu que os dois não estavam e foi procurar. Ao achar os dois
paralisados, ele levou-os e ninguém mais voltou lá.
Aluna-autora: Cinthia Aparecida Ponce
(6º. ano E)
Título: A lenda do cemitério
Em um dia muito ensolarado, um homem
estava deitado no jardim de uma praça. Um outro homem chegou e disse:
- Ô, amigo, você conhece a lenda do
cemitério?
-
Não.
-
Meu avô dizia que aqui nesta praça era um cemitério e um moço morreu enforcado
nesta árvore e foi enterrado neste jardim. Você acredita, amigo?
Ele
nem perdeu tempo, saiu correndo, tropeçou em uma pedra e caiu. Quando olhou
para cima, viu um esqueleto e saiu correndo. Deus me livre!
Aluna-autora: Miriã de Souza Nascimento
(6º. ano E)
Título: O sétimo filho
Uma mulher tinha seis filhos homens.
Numa noite, ela deu à luz seu sétimo filho. Quando chegou a noite de lua cheia,
esse sétimo filho, chamado Max, virou um lobisomem.
Diz a lenda que o sétimo filho em
noite de lua cheia vira um lobisomem, como a história de Max. Quando o bicho
morde ou arranha alguém, essa pessoa vira um horrível lobisomem com horripilantes
garras, dentes afiados e um assustador uivo.
Aluna-autora: Grasiely Cristina Camani (6º.
ano E)
Título: O sítio assombrado
Numa noite, estávamos na casa de
meus avós e fomos nos aprontar para dormir. Fomos tomar banho, escovar os
dentes e arrumar o colchão.
Foi quando nós ouvimos um barulho lá
de fora e nós fomos ver. Todos os porcos estavam mortos, além das galinhas e de
outros bichos. Eu fiquei com muito medo.
Aluno-autor: Gustavo Joaquim Bernardo
de Almeida (6º. ano E)
Título: Como é o lobisomem
Uma pessoa que o viu disse que
ele tem dentes afiadíssimos, o corpo bem peludo, olhos penetrantes, garras
afiadas, ataca no dia de lua cheia, gosta de procurar presas à meia-noite, de
comer galinha, corre muito rápido atrás de pessoas e não gosta de brincadeiras.
Os fazendeiros sempre colocam suas
galinhas em buracos com tábuas por cima, para ele não atacá-las. É preciso,
então, tomar cuidado nas noites de lua cheia.
Aluno-autor: Luiz Felipe Páttero Cioca (6º.
ano E)
Título: A bola de fogo
O meu pai me contou que tem uma
bola voadora que vive passando no meio das plantações de laranja e de limão e
que um dia um homem novato estava trabalhando no sítio. Ele havia dito:
-
Se eu vir aquela bola de fogo, eu jogo água.
Era
meia-noite no campo, um vizinho desse homem viu algo estranho e ligou para ele:
-
O que é aquele fogo em cima daquela árvore?
Quando
o homem olhou, era a bola de fogo. Ele ligou o trator e saiu correndo.
Aluna-autora: Júlia Gonçales (6º. ano F)
Título: A lenda do lobisomem
Em uma noite de lua cheia, um
povoado começou a ouvir ruídos.
Acontece
que uma senhora tinha dez filhos e um deles fazia aniversário no dia de lua
cheia. Diz assim a lenda que quando uma pessoa tem mais de dez filhos e um
deles nasceu no dia de lua cheia, teria uma transformação estranha.
Todo mundo do povoado se assustou
com o ruído de uma casa não muito distante. No outro dia, algumas pessoas foram
até lá bem cedo e viram que ele estava se transformando de volta em um ser
humano.
Aluno-autor: André Antônio da Silva
(6º. ano F)
Título: A mula-sem-cabeça
Todos os dias à noite, uma
mula-sem-cabeça aparecia em um sítio perto da cidade.
Um
dia, a mula foi para essa cidade. Ela estava andando quando encontrou um homem
e ela começou a correr atrás dele. De tanto correr, ele cansou, até que pulou o
muro de uma casa e a mula-sem-cabeça foi embora.
Uma
noite, ela colocou fogo no mato e 90% dos bois, vacas e cavalos morreram.
Aluno-autor: Luís Gabriel Sabino
Martins (6º. ano F)
Título: O pulo-do-gato
Era
uma vez um gato que pulou em cima de uma árvore enorme. Quando ele caiu, não
sentiu nada e andou tranquilamente. A onça ficou impressionada pelo pulo do
gato e disse:
-
Compadre gato, como você fez isso?
E
o gato respondeu:
-
Coisa que onça não faz.
Logo
depois, encontraram uma fonte de água e a onça disse:
-
Já sei, vamos fazer um desafio para ver quem pula mais longe?
-
Vamos! - concordou o gato,e eles pularam.
O
gato pulou em cima do lagarto e a onça foi pular em cima do gato, mas ele pulou
de lado e conseguiu escapar.
Em
seguida, a onça disse:
-
Compadre gato, você estava me ensinando como pular alto, mas você não terminou.
O
pequeno felino completou:
-
É que os mestres não podem contar todos os seus segredos para os outros, onça.
Aluna-autora: Samanda Ferreira Galvão (6º.
ano F)
Título: O problema da Boitatá
Numa cidadezinha pequena e
simples existia uma cobra chamada Boitatá. Ela assombrava as noites de lua
cheia e cuspia fogo.
Um
dia, ela engoliu duas pessoas: um menino e uma menina, que eram irmãos. A
Boitatá sentia muito medo dos caçadores e, por isso, engolia as pessoas, mas
ela queria ser livre e não podia, porque havia sido amaldiçoada por uma bruxa
que a odiava.
Essa
lenda continua até hoje.