segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Alunos participam da 3ª Olimpiadas de História - Unicamp

GAZETA DO JOVEM HISTORIADOR

3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil - Museu Exploratório de Ciências

Participantes da Olimpíada fazem entrevista especial

Nascido na cidade de Urupês – SP, no ano de 1937, onde mora até hoje, o Sr Eneas
Boni, conta-nos sobre o trabalho que fez parte de sua infância, e da maioria das
crianças da sua época. Desde menino, seu pai procurava um ofício para ele, fato
normal dentro dos anos 50. Assim, com 12 anos tornou-se aprendiz na única
alfaiataria da cidade, onde mais tarde tornou-se empregado.
A produção atendia a demanda, pois Urupês recebia nos anos 50 e 60 muitos
imigrantes, destacando os libaneses, que atuavam no comércio com lojas de
tecidos, aumentando o trabalho na alfaiataria.
No ano de 1960, o crescimento da cidade, impulsionado pelo café e a chegada de
imigrantes o Sr. Eneas conta que montou sua própria alfaiataria, onde produzia a
peça completa e era detentor dos meios de produção.
Realizando um trabalho que foi perdendo espaço para as roupas em série e de
baixo custo produzidas pela indústria. Não tinha horário definido, pois trabalha
desde o horário que acordava, até o último cliente, assim, fez muitas amizades
com seus clientes ao longo de sua vida.
Ele tem muito orgulho de seu trabalho, e para ele sempre foi um passatempo. Há
dois anos o Sr. Eneas encerrou seu trabalho na alfaiataria.

Carolina da equipe Perséfones, com o Sr. Enéas Boni no jardim de sua residência
durante entrevista concedida a equipe. Urupês-SP-06/09/2011.
Um olhar sobre os lugares do trabalho



Sr. Waldemar Benati e sua esposa Rita Benati no interior de sua oficina de
consertos de utilidades domésticas, Urupês-SP 06/09/2011.
Fundada em Urupês, em 1950 a Oficina de consertos de objetos domésticos do seu
“Waldemar Folheiro”, como é conhecido por toda cidade, está localizada na região
onde teve o inicio da formação de Urupês, nos fundos de sua casa. É bastante
simples,mas tem todos os equipamentos necessários para o trabalho que o
Sr.Waldemar realiza.
Percebemos que mesmo de forma inconsciente o trabalho em oficinas tem grande
importância dentro dos espaços urbanos tanto no contexto econômico mais também
de sustentabilidade.
No contexto econômico ela, reduz gastos, pois recupera produtos evitando nova
compra e, oferece empregos, mas também colabora para a reutilização de materiais
contribuindo assim para o meio ambiente.
As oficinas foram se estabelecendo ao longo do século XIX e XX no Brasil, com
grande intensidade, pois os jovens tinham poucas opções de trabalho e ser um
artesão naquele momento representava status dentro da sociedade, e em meio às
mudanças ocorridas com o processo de industrialização, as oficinas apresentam-se
como resistência as estruturas rígidas que se impunham ao trabalhador. Elas não
tinham como concorrer em igualdade junto às fábricas que produziam em série,mas
conservam-se ainda hoje,porém seu papel dentro da sociedade brasileira não tem
destaque,infelizmente o trabalho manual perde a importância dentro de uma
sociedade financiada pela indústria e estimulada pela mídia onde a compra a
desenfreada, é símbolo de poder e relegando as oficinas apenas uma menor fatia
de mercado.
Destacamos também que as oficinas foram locais de trabalho onde se transmitiam
de geração em geração o seu oficio,o qual não necessitava de cursos,mas sim de
prática.
Essa resistência foi intensa pois elas valorizaram a sua força de trabalho não
se renderam a tornar-se mais um número dentro das fábricas.
Cada uma ao longo dos séculos imprimiu sua marca e sua representação dentro da
comunidade.
Seus profissionais tem nome,são conhecidos e fazem parte da memória de suas
comunidades,não sendo reduzidos a números, mas valorizando sua contribuição
dentro da sociedade.
Atualmente o número de oficinas está reduzindo, os poucos profissionais que
ainda se dedicam não encontram mais jovens que queiram aprender este oficio,por
conta da maior facilidade de acesso a uma formação universitária ,e, pela falta
de valorização do trabalho manual. Não é a consciência do homem que lhe
determina o ser, mas, ao contrário, o seu ser social que lhe determina a
consciência.- Karl Marx(1818-1883)Entrevista: como era o trabalho naqueles dias
O trabalho artesanal, nas primeiras décadas do século xx, perdeu campo, devido à
industrialização, diante da nova possibilidade dos meios de produção e pelos
baixos preços de produtos em série, mas também fez o trabalhador buscar e ou
aceitar novas regras dentro do mundo do trabalho.
Percebe-se a valorização pelo trabalho artesanal neste início de século, devido
a novas formas de regulamentação das leis trabalhistas que estimulam o
trabalhador a buscar uma alternativa, onde este não seja tão explorado pelo
sistema capitalista.
Paradoxalmente, este trabalhador tem como objetivo passar da condição de
explorado á de explorador. Conforme Bosi (BOSI, Ecléa. Memória e sociedade:
lembranças de velhos. São Paulo: Cia das letras p.470-“O artesanato, por força,
recua e decai, e as mãos manobram nas linhas de montagem á distancia dos seus
produtos’.

Equipe aponta o que menos gosta e o que mais gosta na Olimpíada de História
Nós da equipe Perséfones, destacamos positivamente o acesso aos documentos
diferenciados não presentes no cotidiano escolar que nos são apresentados
através da Olimpíada.
O aspecto desfavorável para a nossa equipe está relacionado ao tempo para a
realização das provas, que entre uma fase e outra, poderia ser maior.

Epígrafe"Assim com não existem pessoas pequenas na vida, sem importância, também não
existe trabalho insignificante." -Elena Bonner.Vocês concluíram a tarefa com
sucesso!

Alunos Participantes:

Carolina da Silva Conceição
Ana Laura Nunes
Pâmela Cristina Costa

GAZETA DO JOVEM HISTORIADOR

3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil - Museu Exploratório de Ciências

Participantes da Olimpíada fazem entrevista especial

A história de nossa cidade esta presente na própria trajetória de vida de seus
moradores. Como exemplo,o relato do Sr. Waldemar Benati, serralheiro
especializado em consertos de utilidades domésticas.
Nascido no município de Valentim Gentil (SP) no ano 1930, seu Waldemar Benati,
chegou a Urupês no ano de 1942 com sua família.
Desde menino, já consertava objetos. Assim, com 12 anos tornou-se aprendiz em
uma oficina de serralheria, onde se especializou em consertos de utilidade
doméstica com (panelas, tachos, caldeirões, tampas).
Após ter se casado, saiu da casa de seus pais e montou sua oficina no fundo de
sua casa, onde até hoje trabalha ativamente.
Conhecidos por todos como “Waldemar folheiro”, ele nos conta que criou seus
quatro filhos com seu trabalho, e também os ensinou. Relatou que não tem horário
definido, pois trabalha desde o horário que acorda, até o último freguês ir
embora,assim, fez muitas amizades com seus fregueses ao longo de sua vida.
Ele tem muito orgulho de seu trabalho, e para ele é um passatempo.
Desta forma, percebemos quanto é importante resgatar esses relatos,pois eles nos
oferecem diferentes paradigmas em relação a historia oficial.



Linara e Celso da equipe Liga de Tróia junto ao Sr. Waldemar Benati e sua
esposa, no interior de sua oficina, em Urupês-SP- 06/09/2011.

Um olhar sobre os lugares do trabalho


Fachada da oficina São José especializada em pinturas de carrocerias, fundada em
1962, em Urupês-SP.
Instalada na cidade de Urupês em 1962, século XX, a Oficina São José foi
idealizada pelo Sr.Pedro Fregonesi, que vinha a atender o mercado crescente
dentro do município.
A oficina contava com 8 funcionários e 2 aprendizes,os quais tinham como o
ofício o restauro e a pintura de carrocerias de caminhões.
Na oficina desenvolvem o fileteado,arte criado na Itália e que chegou através de
imigrantes,espalhando-se rapidamente pela América do Sul ,onde cada país
imprimiu o seu estilo, tornando-se tradição .
O fileteado necessita de técnica,mas o Sr Pedro disse que aprendeu o ofício
desde cedo através da prática e é assim que ensina hoje seus filhos e
aprendizes.Para ele é necessário ter paciência e força de vontade,pois o
trabalho requer destreza e delicadeza ,pois os desenhos se repetem por toda a
carroceria e devem ser uniformes.
Privilegiando a crescente construção de rodovias dos pais estimulada pelo
governo durante o século xx, muitos urupeenses, que na pequena cidade tinham
poucas opções, partiam para o trabalho junto ao transporte e buscavam, assim,
imprimir a sua marca.
Neste sentido a oficina São José teve grande contribuição, no cenário do
município, pois era ali que, das mãos artistas, criavam formas idealizações de
sonhos, e que acabavam criando competições amistosas e impressões pessoais,
sobre cada um.
Ainda hoje, a oficina realiza sonhos, e mesmo com o aumento de transportadoras,
e o aumento de troca de carrocerias por “baú”, os quais oferecem maior
facilidade e segurança, a procura pelo serviço é grande. Vale lembrar que muitos
nostálgicos ainda buscam o trabalho da oficina que, estando sob a administração
do Sr.Pedro Fregonesi, conserva e transmite o oficio aos seus descendentes.
A Oficina São José, é um ponto tradicional da cidade, pois é local de encontro
de muitos caminhoneiros que. entre sorrisos e lágrimas,relatam suas diferentes
histórias,e que atualmente estão em busca da regulamentação da categoria,
“Pretendemos discutir frete, seguridade social, segurança, forma de remuneração,
piso salarial, atividade de risco, atuação da Agência Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT), horas extras, periculosidade, insalubridade, adicional
noturno, ingresso na profissão, fortalecer as escolas técnicas com as verbas da
Fundação de Desenvolvimento e Pesquisa (Fundep) usadas na formação de
profissionais. Separando tempo de direção com carga horária e a regulamentação
da profissão”, afirma o parlamentar- Paulo Paim .Entrevista: como era o trabalho
naqueles dias
O trabalho artesanal, nas primeiras décadas do século xx, perdeu campo, devido à
industrialização, diante da nova possibilidade dos meios de produção e pelos
baixos preços de produtos em série, mas também fez o trabalhador buscar e ou
aceitar novas regras dentro do mundo do trabalho.
Percebe-se a valorização pelo trabalho artesanal neste início de século, devido
a novas formas de regulamentação das leis trabalhistas que estimulam o
trabalhador a buscar uma alternativa, onde este não seja tão explorado pelo
sistema capitalista.
Paradoxalmente, este trabalhador tem como objetivo passar da condição de
explorado á de explorador. Conforme Bosi (BOSI, Ecléa. Memória e sociedade:
lembranças de velhos. São Paulo: Cia das letras p.470-“O artesanato, por força,
recua e decai, e as mãos manobram nas linhas de montagem á distancia dos seus
produtos’.

Equipe aponta o que menos gosta e o que mais gosta na Olimpíada de História
Nós da equipe Liga de Tróia, destacamos positivamente o acesso aos documentos
diferenciados não presentes no cotidiano escolar que nos são apresentados
através da Olimpíada.
O aspecto desfavorável para a nossa equipe está relacionado ao tempo para a
realização das provas, que entre uma fase e outra, poderia ser maior.

Epígrafe
"Na manufatura e no artesanato, o trabalhador utiliza a ferramenta; na fábrica,
ele é um servo da máquina." Karl MarxVocês concluíram a tarefa com sucesso!

Alunos Participantes:
Linara Stefani Facini
Celso Luís Miranda Junior
Lucas Gatti

GAZETA DO JOVEM HISTORIADOR

3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil - Museu Exploratório de Ciências

Participantes da Olimpíada fazem entrevista especial
Nascido na cidade de Urupês – SP, no ano de 1955, onde reside até hoje, Pedro
Inocêncio Garcia Gea, conta-nos sobre o trabalho que fez parte de sua infância,
mas também da maioria das crianças nas décadas de 60 e 70 no Brasil.
Pedrinho (como é conhecido em nossa cidade) relembra com emoção o dia- a- dia na
fábrica de balaios, onde trabalhava em companhia de mais de 16 jovens.
O trabalho não tinha nenhum tipo de segurança. Os jovens recolhiam as lâminas do
bambu, e passavam a trançá-las, dando formas aos famosos balainhos que serviam
para plantar mudas de café. Durante a entrevista nos mostrou as marcas que as
farpas dos bambus causaram em suas mãos.
A produção atendia a crescente demanda, haja vista que Urupês destacava-se na
produção de café nacionalmente.
Pedrinho relata que considera seu antigo trabalho como “escravo”, pois além de
exaustivo, ganhava muito pouco, mas contribuía para ajudar na renda familiar.
Relembrou também que não teve direitos trabalhistas bem como seus amigos, e que
o trabalho infantil era comum e necessário para a maioria das famílias.
Ele nos diz acreditar que o trabalho na infância foi o que gerou sua
responsabilidade e o preparou para a vida adulta.



Sr. Pedro Inocêncio Garcia Gea durante entrevista realizada em Urupês à equipe
Tim Maia: Kaori à esquerda e Gabriela à direita - 06/09/2011.

Um olhar sobre os lugares do trabalho


Maquina de Beneficiamento de café, fundado em 1962 Urupês- SP. 06/09/2011
A “máquina’’ de beneficiamento de café, está situada na parte inicial da cidade
de Urupês-SP. Faz parte da história da cidade e foi fundamental para o
crescimento e desenvolvimento da cidade, pois através da produção cafeeira a
cidade tornou-se importante dentro do estado de São Paulo.
Por meio deste prédio, temos uma fonte de pesquisa sobre a cidade, afinal, ele
retrata as relações de trabalho do século XX, destacando a importância da cidade
no cenário econômico da crescente exportação de café.
Foi fundada em 1962 pelo senhor Nassib Daher, demonstrando a importância
econômica das máquinas de beneficiamento, e contava com dez funcionários.
A máquina de beneficiamento de café foi instalada num período de grande
transformação no Brasil, quando o trabalho braçal cedeu lugar ao trabalho
industrial.
O beneficiamento de café representava, naquele momento, a modernização dos meios
de produção na pequena cidade e alçava reconhecimento no estado de São Paulo.
Mas a instalação da “Máquina” também causou alguns percalços, como a diminuição
de oferta de trabalho no campo. A “Máquina” tomava o lugar do trabalhador, que
teve de buscar um novo papel na sociedade local, afinal, a “Máquina” realizava o
trabalho de muitos.
As leis trabalhistas eram recentes, mas, na prática, havia um combinado entre as
partes, em que a palavra valia mais do que o papel, e esta é uma das causas de
muitos trabalhadores não serem aposentados hoje. Assim, a “Máquina” gerava
prestígio ao funcionário que ali era responsável pelo funcionamento, criando,
neste momento, a valorização do trabalho qualificado.
Dentre os vários fatores que culminaram no declínio da produção do café (e,
consequentemente, o declínio do beneficiamento do café), os principais foram: a
modernização dos meios de trabalho, o êxodo rural e a queda do preço do café,
além de uma intensa geada que causou a falência de muitos proprietários rurais
em 1978.
Para se ter uma ideia, a máquina de beneficiamento recebia do município, de um
total de duzentos sitiantes que levavam seu café para ser beneficiado, e hoje
elas não estão em funcionamento, pois o café cedeu lugar a cana-de-açúcar,
concentrando o poder e a riqueza nas mãos de poucos e desta forma subordinando
cada vez mais o trabalhador.
A situação da zona rural no noroeste paulista do século XXI quanto ao declínio
da produção de café, com inúmeras casas abandonadas pelo êxodo, lembra a
decadência econômica da produção cafeeira do Vale do Paraíba.Entrevista: como
era o trabalho naqueles dias
Na década de 1970, predominava em Urupês-SP, a cultura do café, sendo muito
comum no cenário urbano, fábricas de balaios, que empregavam crianças e jovens.
A fábrica não oferecia condições adequadas ao trabalhador, e direitos
trabalhistas. O trabalho de crianças e jovens eram comuns e isto contribuiu em
grande parte, para que os jovens destas décadas tornassem analfabetos causando
enormes prejuízos ao desenvolvimento nacional.
A rotina de um trabalhador iniciava-se às 5h da manhã e ia até as 19h, junto com
seus colegas de trabalho.
O século XX tem como símbolo um trabalhador que se volta para a busca de sua
identidade e de seus direitos no cenário capitalista.

Alunos participantes:
Gabriela Achette
Larissa Kaori Mabu
Joao Pedro Bertolo Figueiral

GAZETA DO JOVEM HISTORIADOR

Alunos participam da 3ª Olimpiadas de História - Unicamp

3ª Olimpíada Nacional em História do Brasil - Museu Exploratório de Ciências

Participantes da Olimpíada fazem entrevista especial

A história de nossa cidade está presente na própria trajetória de vida de seus
moradores. Como exemplo, o relato do Sr. Manoel Rosa (1940- ), natural de
Urupês, que mudou com sua família para a cidade em 1972, devido à mecanização do
campo e como consequência do êxodo rural.
Juntando suas economias, conseguiu comprar uma máquina de beneficiamento de
arroz – para a qual era necessário treinamento. Ele aprendeu com um antigo
funcionário e achou complicado mexer nos botões e operar.
Depois de aprender, ensinou o seu filho mais velho , tendo mais tempo para
visitar os sítios e buscar o arroz para ser beneficiado.
Ele iniciava o trabalho às 7h da manhã e terminava somente quando atendia o
último produtor de arroz, que buscava em seu ofício a seleção de grãos
(descascava, peneirava e classificava), diminuindo muito do trabalho do produtor
que, anteriormente, era feito manualmente (pilão, peneira).
No período de safra, contava com um trabalhador diarista chamado “saqueiro” ,
que fazia o trabalho pesado das charretes até a máquina.
Através desta entrevista, podemos conhecer a história viva e perceber que cada
indivíduo é um ser atuante e desencadeador do processo histórico.



Gabriel, integrante da equipe Metal Contra as Nuvens, com o Sr. Manoel Rosa
durante entrevista realizada no dia 06/09/2011


Um olhar sobre os lugares do trabalho

Fachada da "Máquina de Beneficiamento de arroz", fundada em 1949, e a peça de
classificação do arroz, atualmente ainda em uso.

Fundada em 1949, na cidade de Urupês, devido às necessidades causadas pela
demanda da produção agrícola do município e região, as Máquinas de
Beneficiamento que geravam a modernização no campo de trabalho nas décadas de 50
e 60 do século XX, no noroeste paulista.
O beneficiamento de arroz representava, naquele momento, a modernização dos
meios de produção na pequenina cidade, que alçava reconhecimento no estado de SP
como região de destaque agrícola e que necessitava de operários com qualificação
profissional. Mesmo que mecanicamente, era o início da transformação das grandes
mudanças que ocorreriam durante o século XX, referente ao que se espera do
trabalhador em relação a sua ação, substituindo o trabalho mecânico e braçal
pelo intelectual e destacando a inteligência emocional. Mas a instalação da
“Máquina” também causou alguns percalços, como a diminuição de oferta de
trabalho.
A “Máquina” tomava o lugar do trabalhador, que teve de buscar um novo papel na
sociedade local, afinal, a “Máquina” realizava o trabalho de muitos a um custo
que compensava o proprietário.
As leis trabalhistas eram recentes, mas, na prática, havia um combinado entre as
partes, em que a palavra valia mais do que o papel, e esta é uma das causas de
muitos trabalhadores não serem aposentados hoje. Assim, a “Máquina” gerava
prestígio ao funcionário que ali era responsável pelo funcionamento, criando,
neste momento, as diferenças de trabalho, bem como a valorização do trabalho
qualificado.
Dentre os vários fatores que culminaram no declínio da produção de arroz (e,
consequentemente, o declínio do beneficiamento de arroz), os principais foram: a
modernização dos meios de trabalho, o êxodo rural e a queda do preço do arroz.
Como tudo no século XX, o processo de beneficiamento foi modernizado, além do
que sobreveio a concorrência de produtores de arroz do sul do país, com preços
mais competitivos. Hoje, a maioria das pessoas compra arroz no próprio
supermercado. Para se ter uma ideia, em uma das máquinas de beneficiamento do
município, de um total de duzentos sitiantes que levavam seu arroz para ser
beneficiado, atualmente, restam apenas dez.
A situação da zona rural no noroeste paulista do século XXI quanto ao declínio
da produção de arroz, com inúmeras casas abandonadas pelo êxodo, lembra a
decadência econômica da produção cafeeira do Vale do Paraíba desde as últimas
décadas do século XIX, contada por Monteiro Lobato na obra Cidades Mortas. Hoje,
o que temos são “sítios mortos”.Entrevista: como era o trabalho naqueles dias
Na década de 1970, predominava no setor agrícola do noroeste paulista culturas
como as de arroz e de café, sendo muito comum no cenário urbano as máquinas de
beneficiamento, que contribuíam para o término de processo de produção desses
insumos.
O dono do estabelecimento que beneficiava o arroz não restringia seu trabalho a
manipular a máquina, mas ele também se dirigia aos sítios, para buscar o produto
e leva-lo até a cidade, atuando como uma espécie de transportador de carga ou
caminhoneiro.
Sua rotina de trabalho iniciava-se às 7h da manhã e ia até as 19h, sendo ajudado
pelo filho e pelo diarista, não registrado.
Assim, na década de 70, chega ao interior do país o projeto de modernização
atrelado ao idealismo de Juscelino Kubitschek da década de 1950.
O século XX tem como símbolo um trabalhador que se volta para a busca de sua
identidade e de seus direitos no cenário capitalista.

Equipe aponta o que menos gosta e o que mais gosta na Olimpíada de História
Nós da equipe Metal Contra as Nuvens, destacamos positivamente o acesso aos
documentos diferenciados não presentes no cotidiano escolar que nos são
apresentados através da Olimpíada.
O aspecto desfavorável para a nossa equipe está relacionado ao tempo para a
realização das provas, que entre uma fase e outra, poderia ser de, no mínimo dez
dias.

Epígrafe
“Não é história que usa o homem para realizar os seus fins, ao contrário, ela
nada mais é que a atividade do homem que persegue seus fins”. Karl MarxVocês
concluíram a tarefa com sucesso!

Produzidos pelos alunos:
Gabriel Domingos
Lucas Pazim
Vinicius Afonso

quinta-feira, 9 de junho de 2011

APLICANDO CONHECIMENTOS: TEORIA E PRÁTICA

Para entender melhor como ocorrem as relações de interdependência entre os componentes do planeta Terra os alunos da 5ª série,profª Maristela, construíram um terrário. O Terrário é a representação em pequeno tamanho de um ambiente que podemos construir artificialmente, procurando imitar as condições necessárias para os seres vivos no planeta Terra. Os alunos puderam observar e entender que dentro de um terrário que é um sistema vivo bem pequeno, quando exposto à luz,ocorre a fotossíntese, com produção de oxigênio, a água evapora e quando a umidade chega a um nível máximo de saturação ela precipita sobre as plantas como chuva, com isso perceberam também os vários fatores ambientais que permitem vida: luz e calor do sol, terra, oxigênio, gás carbônico e água. Através do terrário observaram o processo de equilíbrio entre os seres vivos e o meio ambiente.


ESCOLA ATHAYR EXPÕE TRABALHOS DE ALUNOS COM TEMA: “É ISSO QUE VEJO”

Trabalho feito pela profª Regiceli na disciplina de Arte, com todas as 6ªs séries da EMEF Prof. Athayr da Silva Rosa, tem como tema “É isso que vejo?”.
As atividades tiveram como objetivo desenvolver a competência através do desenho de observação, diferenciar as modalidades desenho e pintura, estimular a percepção visual, despertar o prazer pela produção artística, desenvolver o potencial criativo através de uma produção de pintura, despertar a satisfação dos alunos com o resultado obtido na própria produção.
Os trabalhos estão expostos no pátio da escola para apreciação de pais, alunos e toda a comunidade.




terça-feira, 7 de junho de 2011

Alunos das 6ªs séries da EMEF “Prof. Athayr da Silva Rosa” de Urupês visitam patrimônio histórico nacional em São Carlos (SP)

No dia 2 de junho de 2011, quarenta alunos das 6ªs séries da EMEF “Prof. Athayr da Silva Rosa” conheceram a Fazenda Pinhal no município de São Carlos (SP), tombada como patrimônio histórico nacional e considerada a mais importante da região, por se tratar da sede do fundador da cidade, o Conde do Pinhal, tenente-coronel Antônio Carlos de Arruda Botelho (1827-1901).
A visita foi coordenada pelas professoras de História Alessandra  e Maria de Lourdes. Nesta oportunidade, os alunos puderam ver de perto uma fazenda de café sob os moldes do século XIX, próximo do ano 1840, com a casa-grande, a senzala, os terreirões, as palmeiras imperiais – das quais se originou o nome da Fazenda –, uma plantação de café, a ferrovia a alguns quilômetros dali e consideráveis particularidades do interior da casa do Conde e do vasto quintal em torno dela.
Os alunos aprenderam que o Conde do Pinhal, além de muito rico, tinha influência na política da época, quando o Brasil era governado pelo Imperador D. Pedro II, pois ele reunia-se em sua casa com adeptos do Partido Liberal. Nessa sala de reuniões, as mulheres não podiam entrar, haja vista que a política era dirigida somente pelos homens.
O Conde foi casado duas vezes e teve 13 filhos, sendo um do primeiro casamento. No segundo, sua companheira foi Anna Carolina de Mello Oliveira. A Condessa viveu 104 anos e ficou viúva por 45, conforme os alunos puderam ver nas fotos de dentro da casa. Os primeiros cômodos apresentam, em destaque, quadros de políticos da época. Em outras salas, destacam-se quadros da família. Convivem lado a lado, chamando nossa atenção, o luxo dos móveis – o porta-chapéus, os dois imponentes pianos, as louças bem organizadas nas cristaleiras, o grande relógio encostado na parede, os vistosos lustres e o telefone de duas partes, um fone para ouvir e outro para falar – e a situação constrangedora e inusitada da escarradeira e do penico, típicos do século em questão.
As pessoas não tomavam banho todos os dias. Quando tomavam, as mulheres o faziam dentro de casa, nas banheiras, com bacias, e, os homens, em um espaço fora de casa, onde dispunham de uma bica. Bem próximo à casa-grande, num corredor de água, as escravas lavavam as roupas da família do Conde. No quintal, uma escada de tijolos, estreita e comprida, por onde corre água límpida, era usada pela Condessa para fazer exercícios e diminuir as dores em suas pernas.
Esses são apenas alguns detalhes do que foi possível aprender com a visita por esta apaixonante fazenda do século XIX. Para os afrodescendentes de hoje, talvez seja triste relembrar o tempo da escravidão, mas, para quem gosta de História e deseja despertar o interesse dos alunos pela área, uma viagem assim poderia ser feita várias outras vezes.









Alunos da sexta série B desenvolvem projeto de leitura baseado na obra “UMA HISTÓRIA DE FUTEBOL”, de José Roberto Torero.

Ao longo do segundo bimestre de 2011, os alunos da sexta série B trabalharam com a obra “UMA HISTÓRIA DE FUTEBOL”, de José Roberto Torero, desenvolvendo uma série de atividades de releitura que lhes permitiram ampliar suas capacidades de compreensão e interpretação de textos, tais como: elaboração de resumos, cruzadinhas, caça-palavras, ilustrações e debates orais.

O projeto foi coordenado pela Professora Néia e teve como objetivos:
-Desenvolver uma prática pedagógica que motivasse os alunos ao hábito de leitura;
-Proporcionar momentos divertidos e agradáveis de leitura.

A avaliação foi realizada semanalmente, por meio da leitura e motivação.




terça-feira, 10 de maio de 2011

Aprender Brincando

Os alunos da 7ª B estão estudando sujeito e suas classificações. Através do dominó de uma forma descontraída, ficou muito mais fácil internalizar conceitos como sujeito indeterminado, sujeito elíptico e todos as demais classificações que o sujeito possa ter. Foi um momento de aprender brincando









Profª Tula